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Coluna: Akira

 A importância do clássico "Akira".

Imagem Divulgação

Akira, é um Mangá que se tornou um Clássico, criado e ilustrado por Katushiro Otomo, em 1982, teve seis volumes publicados até 1990, e originou o longa-metragem de animação, em 1988, também com o roteiro e Arte de Katushiro.

Se formos procurar o significado de Akira em Japonês, encontramos:  Talentoso, Brilhante, Iluminado amanhecer, Luz, Luz do Sol, bom outono, e o mais interessante, é utilizado tanto para meninas como para meninos.

Considerado uma obra Prima, que com certeza causou uma grande revolução com a chegada dos mangás na cultura ocidental.


Capa do primeiro volume mangá publicado no Brasil pela JBC

A história de Akira se passa em uma Neo-Tokyo, devastada, num cenário pós-apocalíptico, trinta anos depois da Terceira guerra mundial, é centrada em dois personagens: Shotaro Kaneda, líder de uma gangue de motoqueiros delinquentes, e Tetsuo Shima, seu melhor amigo. Um dia se deparam com Akira, uma criança com estranha fisionomia, que tem poderes psíquicos, foi mantida pelo governo sob sigilo para pesquisas, essa criança pode ter sido a causa da terceira guerra mundial. Os outros personagens são: Kei, que faz parte de uma organização antigovernamental. Coronel Shikijima, responsável por experimentos secretos do governo, com crianças. E a Gangue Clown, cujo líder é Joker, e seus integrantes são inimigos de Keneda.

Em uma noite, Tetsuo acaba atropelando Akira, e a partir desse acidente, causa uma grande mudança em sua vida, pois, Tetsuo apresenta poderes jamais imaginados, e acaba sendo levado pelo governo, por agentes secretos, que trabalham em um projeto de pesquisas sobrenaturais, e ele se torna uma cobaia. Então seu amigo, Keneda tenta salvá-lo.

A obra é uma grande referência da cultura Cyberpunk, um Cult, da década de 80. Reverbera até hoje.

Com o lançamento do filme, Akira teve uma grande repercussão no mundo. E o mangá também ficou mundialmente conhecido.


Pôster do longa de animação


Eu assisti o Longa, Akira, em 1991, no antigo Cinema Alhambra, que ficava na Rua José Cabalero, no Gonzaga, em Santos. Hoje esse Cinema não existe mais.

Lembro que fiquei apaixonada pelo longa, e foi a partir daí que comecei a me interessar pelo o Universo dos Mangás, e me tornei uma leitora assídua dos mangás, e da Cultura Pop Japonesa.

A estética do longa lembra muito Metrópolis, de Fritz Lang, lançado em 1927.

Em Akira, o longa, a narrativa gira em torno de política, filosofia, misticismo, em uma sociedade distópica.

Uma crítica de Katushiro Otomo, em relação a uma sociedade que finge viver em um mundo sob uma perspectiva falsa, de que possuem estabilidade, segurança, que tudo está bem, mas que na verdade, tudo está explodindo.

Acho tão atual, penso que Katushiro previu o mundo que vivemos hoje, ou, a Humanidade realmente não evoluiu, porque cometem os mesmos erros, e para completar, uma pandemia surgiu, e estamos cada vez mais presos em nossas bolhas, talvez por medo, por hedonismo, falta de esperança.

Onde pessoas jantam em seus restaurantes prediletos, enquanto a rua pega fogo do lado de fora. Como aconteceu recentemente em Paris.

Akira, até hoje influencia artistas, cineastas, escritores, roteiristas, todos que já tiveram a oportunidade de ler, ou assistir o filme.

É um clássico necessário para se revisitar, e refletir.

 

 O MANGAKÁ

Katushiro Otomo, imagem IMDB

Katushiro Otomo nasceu em 14 de abril de 1954, em uma província rural de Miyagi, situada, próxima de Tókio.

Sempre gostou de cinema, e quando terminou seus estudos foi para Tóquio. Onde publicou seu primeiro mangá , uma adaptação de Matéo Falcone, de Prosper Mérimée.

A série original de Akira, foi publicada em 6 de dezembro de 1982, na Revista Japonesa Young.

Depois do enorme sucesso do Mangá Akira, ele lançou Domu, que o fez ganhar o: Grande Prêmio de ficção científica japonês, em 1983.

Lançou também, Mother Sarah, com ilustrações de Takumi Nagayasu, com sete volumes.

Sua Filmografia, além de Akira, tem: Metrópolis(2001), Memories, Steamboy, Mushishi, Neo Tokyo, Roujin Z, Combustível, Akira Project, entre outros.

Foi condecorado como Cavaleiro da Ordem das Artes e das letras da França; Recebeu a medalha de Honra do Governo Japonês; Winsor MacCay, no 41 Annie Awards. E foi nomeado o Vencedor do Grand Prix do Festival de quadrinhos de Angoulême, na França.

 

 

Sobre o Autor:
Silvia Diaz

Atriz, Performer, Dramaturga e Roteirista. Estudou interpretação Teatral(Unirio). Graduada em Produção Audiovisual(ESAMC). Apenas uma Artista que vende sonhos em dias cinzentos. E quando os dias não forem tão trevosos, ainda assim continuarei a vender meus sonhos!! Cores, abraços, afetos, lua em aquário...

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