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Music from the Succubus Club: a trilha sonora oficial dos vampiros

Vampiro: A Máscara teve uma trilha sonora das mais fantásticas.

Reprodução

Para quem acompanhou os RPGs nos anos 1990 conhece o sucesso que Vampiro: A Máscara fez. Bebendo da literatura da Anne Rice, de filmes como Highlander, o jogo trazia um universo muito fascinante e diferente de outros jogos ambientados na época moderna.

Também introduziu elementos da subcultura gótica, uma vez que seu criador, Mark Hein-Hagen, era um grande apreciador da música e da estética sombrias, chamando o mundo de jogo de um cenário “punk-gótico”. Não por acaso, na primeira edição de muitos dos seus jogos, é possível encontrar citações de letras de músicas do The Cure, Joy Division, além de indicar bandas como The Sisters of Mercy, The The e New Order.


Capa da Trilha Sonora/Divulgação

Divulgação

Uma vez que o jogo tem essa levada puxada para o gótico, por que não ter também uma trilha sonora gótica? A White Wolf, editora responsável na época pelo Vampiro, entrou em contato com a Dancing Ferret, gravadora especializada em música gótica, para produzir uma compilação que homenageasse cada um dos clãs principais do jogo. E em 2000 foi lançada a compilação Music from the Succubus Club.

O dono da Dancing Ferret, Patrick Rodgers, foi quem organizou e selecionou os grupos participantes. Para entrar no clima do jogo, a ele foi atribuído o personagem DJ Damascus, que seria residente na casa noturna conhecida como Succubus Club. Como é um local frequentado por vampiros, cada uma das músicas serviria para dar uma cara a cada um dos clãs principais do jogo.

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A compilação começa com o gothic rock/synthpop do The Crüxshadows, homenageando o clã Ravnos com a música Deception. Seraphim Shock, com seu gothic rock/metal traz a música mais pesada desse álbum, que ficou para o clã Lasombra. Paralysed Age, banda de gothic rock mais tradicional, vem com uma versão de Bloodsucker, dedicada ao Tzimisce. Wench é um projeto obscuro da Frances Byrne, cuja música tem elementos de ethereal e dá uma cara exótica ao clã Setita, composto por integrantes majoritariamente da África sub-sariana, Índia, e Caribe.

Sunshine Blind traz um gothic rock alegre, com influências de rock alternativo, em Cold From Fever, para representar os Ventrue, clã altamente político. Bella Morte faz a música dos selvagens Gangrel com Fall No More (que, pessoalmente, é a minha música favorita desse álbum) e traz uma pegada mais eletrônica e punk. Os Malkavianos, vampiros que perderam a sua sanidade, aparecem na música Soul to Bleed do Carfax Abbey, um rock industrial pesado e muito dançante. Os alemães do Beborn Beton trazem a música com mais cara de músida de pista de dança com Hemoglobin, que serve como trilha para os vampiros do Oriente Médio do clã Assamita.

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Mas a compilação dá uma guinada legal ao trazer um dos grandes nomes do gothic rock, The Mission U.K., para cantar uma música do clã Brujah, Last Beat of Your Heart, mostrando uma faceta mais eletrônica e com o vocalista Wayne Hussey assinando como Jerry Lovelock. Kristeen Young apresenta um som mais lounge, sombrio, com ares de música de cabaré, com uma bela homenagem ao clã Nosferatu em Rotting On The Vine. Os Giovanni são representados aqui por mais uma banda clássica de gothic rock, Nosferatu, na música The Night is Young.

Os alemães do Diary of Dreams apresentam uma versão mais curta de Rumours About Angels, presente no álbum One of 18 Angels, aqui rebatizada de Blind in Darkness, para representar os Tremere, num darkwave tétrico, melódico e pesado. E terminando tudo em dança, os finlandeses do Neuroactive botam os Toreador para dançar com seu EBM/Synthpop em Superficial.

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Também tem um livro / suplemento sobre o Succubus Club, lançado em 2003, que conta a história do clube, que teve sua primeira aparição no Chicago by Night de 1991. É um livro bacana, que constantemente faz referência ao estilo gótico e que, infelizmente, nunca foi reeditado nas outras encarnações do Vampiro: A Máscara.

Infelizmente a compilação encontra-se esgotada, não tem em nenhum streaming oficialmente e apenas nos resta pegar em sites como o YouTube. Rolem bons dados e bora dançar com a parede.

 



Mídia Física


frente do CD


Verso do CD


Sobre o Autor:
Fabio Melo

Formado em Letras, especialista em Língua Portuguesa e Literatura, além de alguns cursos aqui e ali sobre língua inglesa. Possuo um site / podcast para falar de música alternativa, faço umas músicas experimentais ruins e sou aficionado por RPG e jogos analógicos (vulgo jogos de tabuleiro).

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