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Cobertura: Digicom Experience foi o melhor evento que já visitei

Sem zoeira. Aprende, sudeste!

Fotos: Diego Gomez e Kaori Okuyama

Eu tenho muita dificuldade em acompanhar eventos em grande público. Em geral costumo ficar no máximo duas horas, ou o tempo que leva para a ansiedade bater. Isso afetou bastante minha vida social, sem falar da vida profissional. Hoje eu imaginava que seria a mesma coisa. A verdade é que tive experiências ruins em eventos mal organizados.

A Digicom Experience - ou DCXP, rolou nesse fim de semana em Natal. Pela primeira vez na história do evento geek, aconteceu no Teatro Riachuelo, dentro do Midway Mall, o maior shopping da capital potiguar, e posso dizer que foi uma das melhores decisões já tomadas pela organização!

Por estar dentro de um shopping, toda a infraestrutura para dar suporte a um grande público já estava lá. A praça de alimentação dispensou as barracas de lanches superfaturados com filas enormes; as pessoas podiam andar pelo local sem se preocupar com chuva, calor ou frio, e choveu algumas vezes durante o evento - do lado de fora.

E teve evento para todo mundo. Além das tradicionais apresentações de cosplays, campeonatos de e-sports, cardgames e danças, rolaram também diversas atividades de board games, RPG de mesa, karaokê e videogames clássicos. Inclusive, o Museu do Videogame Potiguar teve um espaço só pra eles, com consoles de todas as gerações antigas, do Atari ao Playstation 2, o que fez muito pai, tio e jornalista quarentão feliz.


No departamento de e-sports, um campeonato me chamou atenção: rolou um torneio de Free Fire entre escolas! Adorei ver a garotada de 16-17 anos jogando no celular como a garotada da minha idade jogava Counter Strike na lan-house. Mas no meu tempo a gente precisava pular o muro pra ir jogar, e essa garotada ganhou até prêmios em dinheiro!

Rolou também campeonatos de LoL e Valorant.



Tivemos algumas visitas ilustres, e tive a honra de conversar um pouco com alguns dos dubladores convidados, como a Bianca Alencar (uma fofa!), Marco Ribeiro e o trio do Mitsubukai.

Dubladores de One Piece

E mais uma vez me senti um homem congelado numa caverna quando todo o teatro veio abaixo na hora dos New Crias se apresentarem. Mais tarde descobri que é um grupo de dança alagoano MUITO famoso no TikTok e no Nordeste, e os caras dançam demais. Mas eu passei vergonha quando perguntei sobre eles para uma visitante e ela ficou indignada que eu estava ali e não no asilo.


E quando digo teatro, não estou falando apenas de uma sala de apresentações com as cadeiras. É essencialmente um local para diversos tipos de eventos culturais, com várias salas, áreas espaçosas, acessíveis e fáceis de se encontrar. Eu já fui em eventos situados em escolas, universidades e até em estádios, e por maior que esses espaços eram, nenhuma organização conseguia deixar espaços sem que houvessem empurra empurra, filas enormes e perturbações com superlotação. E mesmo a DCXP sendo um evento estruturalmente bem menor em uma cidade bem menor que São Paulo - onde rolam os maiores eventos da América Latina - em nada deixou a desejar em quesito grandiosidade.



Se há alguma coisa que vale a pena criticar, e é só pra falar que tem algo para criticar, foi a falta de mais lojas, havia cerca de quatro ou cinco stands vendendo bugigangas para o público. Mas nenhum deles estava lotado de gente.

Todos os locais estavam climatizados (estamos falando de uma cidade em constantes 30ºC) e a facilidade de ter uma praça de alimentação em outro ambiente minimizou o trânsito e volume de pessoas pelo local. 

E acho que esses megaeventos sudestinos deveriam aprender com a organização da DCXP. Não teve staff mal educado, filas gigantescas em todos os lugares, empurra empurra ou aglomeração em excesso - um deleite para os agorafóbicos. 

 

Que venham mais eventos como este!


Sobre o Autor:
Diego Gomez

Editor de vídeos e de textos, formado em Reclamar e os Motivos para Isso, mas o diploma diz Jornalismo. Em breve farei o mesmo com cinema, mas com um diploma em Audiovisual.

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